"Só quero saber do que pode dar certo. Não tenho tempo a perder"
Estava no Prime Rock Brasil nesse final de semana e me peguei reflexiva quando voltava para casa.
Assistir as bandas que fizeram parte da minha infância e adolescência me fez, naturalmente, revisar boa parte do meu passado e acabei integrando algumas experiências.
Me dei conta de que passei a maior parte da minha Vida buscando concertar erros, entender o motivo de alguns acontecidos e despendendo muito tempo nesse no processo de olhar para trás, na intenção de que isso me ajudasse a ter presente tranquilo, um futuro melhor e, é claro, ser aceita pelas pessoas...
Pois bem. No consultório tenho um jogo que adoro usar com as crianças e adolescentes que atendo, o MasterMind. Nele, um auxílio o outro da seguinte maneira no processo de acertar a senha: a pessoa que cria a senha precisa ser honesta ao passar as informações de "certo e errado" e a pessoa que está tentado acertar a senha precisa, com frequência, voltar aos erros nas senhas anteriores para dar novos passos no jogo.
Ou seja, o passado é sim um lugar muito importante e deve ser revisitado quando necessário. Lá estão as experiências que nos trouxeram até aqui: as agradáveis e também as desagradáveis.
O que torna algo "errado" é o fato de aquilo não ter nos ajudado a chegar em algum ponto ou lugar que gostaríamos de ter chegado através de determinada escolha. E isso nos ajuda a olhar para as nossas experiências desagradáveis como professoras e não como carrascas ou qualquer outra coisa que nos agrida.
Com isso, o trecho da música Go Back dos Titãs que citei no início desse texto me ajudou a ressignificar o processo de olhar para trás, aprender com o que foi vivido e direcionar minha energia para o que pode dar certo agora, no presente.
Não dá mais para perder tempo duas vezes (ou mais) com a mesma coisa: cada experiência tem a sua época em nossas Vidas e o que está acontecendo agora tem prioridade em relação ao que já se passou...
A Vida é agora!
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